Diário do Comércio
- 13/07/2005 BH
"Músicos Léa Freire e Bocato lançam disco hoje no MAP"

É a programação do sexto ano do projeto Música no Museu

O mais festejado dos discos do selo "Antologia da Canção Brasileira - Vol. 1" será lançado hoje, às 21 h, no Museu de Arte da Pampulha (MAP), dentro da programação do sexto ano de Projeto Música no Museu, com ingressos a R$ 7.
O disco é dividido por Léa Freire e pelo trombonista Bocato, dois intrumentistas de talento e habilidade inquestionáveis num encontro que já vem sendo considerado um dos melhores discos do ano. Eles tocam acompanhados por Michel Freidenson (piano), Djalma Lima (guitarra), Neymar Dias (baixo acústico) e Marco Antônio (bateria).
No repertório, uma seleção bem-escolhida com clássicos de Tom Jobim ("Andorinha"), Luiz Eça ("
Muito Prazer"), Haroldo Barbosa ("Nossos Momentos"), Cartola ("As Rosas Não Falam"), Nelson Cavaquinho ("Luz Negra"), Ary Barroso ("Folha Morta") e outros grandes temas de autores consagrados da MPB.
Os arranjos de Léa Freire aproximam os universos erudito e popular e valorizam as melodias, dando espaço para que a habilidade dos artistas venha à tona, num misto de técnica e sentimento capaz de emocionar e provocar admiração de todo amante da boa música.

Bocato - O tombonista Bocato, um dos mais requisitados da música brasileira contemporânea, começou a ganhar tratamento diferenciado nos anos 80, quando tocou com Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e boa parte da chamada vanguarda paulista. O trombone, que até então era um instrumento de orquestra ou de naipes de metais dos artistas de soul, ganhou novo espaço nos arranjos dos músicos paulistas.
Mas antes já havia tocado com Elis Regina no show "Saudades do Brasil" e dividido palcos com Rita Lee, Ney Matogrosso, Roberto Carlos e outros. Em 1982 fundou a banda Metalúrgica, que lançou um dos melhores discos instrumentais do ano. O primeiro CD solo veio em 1985.
Em 97, já com carreira consolidada, Bocato lançou "Tributo a Pixinguinha", homenagem ao grande mestre da MPB, com novas orquestrações e uma sonoridade mais densa e atual.
Participou do Festival de Montreaux apresentando o CD "Acid Samba". Das safras recentes da MPB, Bocato já participou de gravações de vários artistas, como Na Ozzetti, Zé Miguel Wisnik, Suzana Salles, Luiz Waal, Paulo Le Petit, Jarbas Mariz, Edson Cordeiro, Zeca Baleiro, Chico César, Celso Viáfora, Carlinhos Brown, Nação Zumbi, Mundo Novo, Fala Mansa, Mestre Ambrósio, Pavilhão 9, Taíde & DJ Um, Art Popular, entre outros.

Léa Freire - Flautista e compositora, é igualmente instrumentista requisitada e já tocou com Alaíde Costa, Filó Machado, Nelson Ayres, Marlui Miranda, Hermeto Pascoal, Arismar do Espírito Santo, Yamandú Costa, Rosinha de Valença, Eduardo Gudin, Arrigo Barnabé, Isaurinha Garcia, Cauby Peixoto, Djavan, Nico Assumpção, Elton Medeiros, Guilherme Vergueiro, Leny Andrade, Bocato, Paulo Freire, Eliana Elias, Jaques Morelembaum, Weber Iago, Cláudio e Paulo Guimarães, Luís Carlos Borges, Ion Muniz e muitos outros.
Ela começou ouvindo e aprendendo os clássicos, como Guarnieri, Villa-Lobos, Radamés Gnatalli, Bach e Debussy. Tocou rock, fusion, funk e depois o jazz, que a trouxe de volta para a bossa nova. Daí veio o choro, que abriu caminho para os ritmos brasileiros. Em 98 integrou a banda de Teco Cardoso, com a qual fez apresentações na Universidade de Miami e no Blue Note de Nova York, montando o repertório do CD "Quinteto", gravado em Nova York (98) e lançado em 99 pela gravadora Núcleo Contemporâneo com o selo Maritaca.
O projeto Música no Museu é uma realização da Veredas Produções que entra em seu 6º ano patrocinado pelas empresas Gerdau Açominas e Acesita, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.

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