BH 13/12/2000
Música no Museu
- Miles Davis é celebrado por Nenê e Montarroyos
por: Renata Matta Machado

Montarroyos e o trio de Nenê vão executar 10 composições de um dos maiores nome do jazz mundial, no encerramento da temporada 2000 do projeto

O projeto Música no Museu encerra hoje sua temporada 2000 com uma homenagem a Miles Davis, um dos maiores nomes do jazz mundial. No palco do Museu de Arte da Pampulha (MAP), às 21 horas, o trompetista Márcio Montarroyos e o trio do baterista Nenê, formado com o guitarrista Magno Alexandre e o baixista Enéias Xavier. No repertório do show, 10 músicas de Davis.
Márcio Montarroyos técnica apurada, excelente e um estilo inconfundível. Já acompanhou artistas como Stevie Wonder, Sarah Vaughan, Carlos Santana, e Ella Fitzgerald. Além disso tocou com Tom Jobim, João Bosco e Sérgio Mendes.
Montarroyos conta que o show já foi realizado no Rio de Janeiro e é uma homenagem ao seu ídolo. Mesmo assim, diz o trompetista, a expectativa com a apresentação em Belo Horizonte é muito grande. "Há cinco anos não me apresento na cidade. Estou muito entusiasmado. Minas têm excelentes músicos e artistas. Tenho um carinho muito grande pelas pessoas que moram em BH. Vou me apresentar no Rock in Rio com o grupo de congado do bairro São José.

O baterista gaúcho Nenê, que já tocou com Hegberto Gismonti, Hermeto Pascoal e Elis Regina, volta a Belo Horizonte com uma boa notícia. Seu disco, "Suite Curral D'el Rey", gravado no estúdio Bemol, em Belo Horizonte, foi pré indicado para o Grammy na categoria jazz latino. Está entre os 44 pré-indicados, num grupo que inclui Ron Carter Sextet. Paquito de D'Rivera, Arturo Sandoval e Chick Corea. "Fiquei surpreso com a indicação. Estou muito feliz. É um disco especial. Trata-se de uma homenagem à cidade. O resultado dos indicados, deve sair em fevereiro. Estou ansioso, mas prefiro não arriscar. De qualquer forma, será sensacional se eu for indicado. Será o prêmio mais importante de minha carreira", confessa Nenê.

O baterista não esconde a alegria de voltar aos palcos de Belo Horizonte e anuncia que será um show para ficar na história. "É uma homenagem a Miles Davis, um dos maiores trompetistas do mundo. O público de Belo Horizonte é muito fiel e Minas tem uma tradição musical muito forte, finaliza.

Trompetista compositor, band leader, Miles Davis foi um dos mais influentes e populares artistas de jazz. Davis tocou com grandes nomes na década de 40, como Coleman Hawkins, Charlie Parker e Dizzy Gillespie. Também fez dupla com o arranjador Gil Evans. Na década de 70, ao lado de Hancok, John McLaughlin e Chick Corea, Miles Davis inventou o jazz rock.
Criado e produzido pela Veredas Produções, com apoio da Associação dos Amigos do, Museu da Pampulha e patrocínio da Acesita, o Música no Museu tem como objetivo recriar na população o hábito de frequentar o MAP, além de oferecer música de qualidade a preço simbólico. O ingresso custa R$ 5 e a renda é destinada à manutenção do museu. Passaram pelo palco do MAP, ao longo do ano, a cantora Mônica Salmaso, o compositor e violinista Guinga e o pianista, maestro e compositor Nelson Ayres.

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© Renata Matta Machado