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Instrumental brasileiro perde Mozar Terra

por Dafne Sampaio
12.01.2005

A música instrumental brasileira perdeu na segunda-feira passada (09/01) o pianista, compositor e arranjador Mozar Terra para um câncer no pulmão. Mineiro radicado em São Paulo, Mozar passou 15 de seus 55 anos tocando, fazendo shows e lecionando piano nas cidades de Nova York, Paris, Roterdã e Copenhagen, motivo pelo qual nunca teve seu talento devidamente (re) conhecido no Brasil. Este cenário vinha mudando nos últimos anos desde o lançamento do CD Caderno de composição (Maritaca, 2001), por muitos considerado seu trabalho mais maduro e autoral. O CD ganhou relançamento em 2005.

Mozar preparava um novo trabalho instrumental intitulado Gafieiras chic todo em cima de um repertório de sambas clássicos assinado por figuras como Baden Powell, Bororó e Ary Barroso, e sob uma visão contemporânea e bem brasileira da tradição do samba-jazz.

Seu primeiro, e pouco conhecido, disco-solo, O fino do piano, foi lançado em 1980. No ano seguinte esteve ao lado do grupo Izaías e Seus Chorões e do flautista Carlos Poyares na pioneira transposição do repertório dos Beatles para o choro no disputadíssimo LP O regional brasileiro na música dos Beatles (Cristal Discos).

Seu piano acompanhou artistas como Moacir Santos, Caetano Veloso, Lúcio Alves, Elza Soares, Dominguinhos, Edison Machado, Milton Banana, Emílio Santiago, Roberto Sion, Dick Farney (na série de programas da Rádio Eldorado Um piano ao cair da tarde no início dos anos 1980) e Nenê (nos discos Ponto dos músicos e Minuano). Mas sua principal parceria musical foi com a cantora, compositora e violonista Joyce, tanto em shows quanto nos discos Delírios de Orfeu (Nec Avenue, 1994) e Ilha Brasil (EMI, 1996).

Fez parte ainda, ao lado de Teco Cardoso, Sizão Machado e Tutty Moreno, do Quarteto Livre, grupo que lançou em 1996 o CD Pra que mentir? (Lumiar Discos). No terreno teórico Mozar foi responsável, por dois anos consecutivos, pela Master Class de “Piano rítmico brasileiro” no Festival de Campos de Jordão, além de lecionar a mesma matéria na Universidade Livre de Música Tom Jobim.

E com a palavra o amigo, músico e produtor Rodolfo Stroeter que escreveu as seguintes palavras no texto de divulgação do CD Caderno de composição: “Mozar Terra. Nome gozado. Mistura de nome famoso com a palavra que define a vastidão do Brasil de dentro. Do europeu abrasileirado com o chão de terra batido, o barro seco, o torrão mineiro. Mozar Terra. (...) Música que faz a gente repensar um Brasil possível, o país das infinitas possibilidades. Ritmos, cores, nomes e sobretudo sons, muitos sons. (...) Minas está dentro dele todinho. O Brasil também. Com o lenço e com o documento.”


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Pianista e compositor Mozar Terra
morre em São Paulo

por Regina Célia
12.01.2005

Compositor, pianista e arranjador mineiro, nascido em 1950, em Lavras, Mozar Terra morreu segunda-feira em São Paulo, vítima de câncer no pulmão. Em 6 de dezembro passado, já debilitado pela doença, Mozar Terra fez sua última apresentação, e foi homenageado num concerto que reuniu 30 instrumentistas, interpretando suas principais composições.

Com 30 anos de carreira, Mozar acompanhou artistas como Joyce, Caetano Veloso, Lúcio Alves. Em 1975, mudou-se para a França, onde gravou dois álbuns, vivendo em seguida em Nova York, formando o grupo de samba-jazz Edison Machado e Boa Nova. Seu último disco, "Caderno de composição", foi lançado no fim de 2005 pelo selo Maritaca


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Compositor Mozar Terra morre em São Paulo
13.01.2006

O compositor, pianista e arranjador mineiro Mozar Terra morreu na última segunda-feira em São Paulo, vítima de câncer de pulmão.

Nascido em 1950, em Lavras, Terra fez sua última apresentação no dia 6 de dezembro do ano passado, no teatro São Pedro, em São Paulo, num show que reuniu 30 artistas, entre eles Mônica Salmaso, que interpretaram suas principais composições.

Ao longo de 30 anos de carreira, Terra acompanhou artistas como Joyce e Caetano Veloso.

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